De todas as histórias de fé da bíblia, há uma em especial, que me chama muita atenção,é a de Abrãao.
Relembrando: Abraão e Sara tinham recebido do Senhor uma promessa, eles teriam um filho. Porém o tempo passou, a idade avançou, e já parecia impossivel eles terem condições de gerar um bebe. Contudo, não duvidaram do que Deus os prometera.
E como quem prometeu é fiel pra cumprir , após alguns anos, nasce então Isaac, o filho da promessa.
Nada poderia ter deixado esse casal de velhinhos mais feliz.
O tempo passou e algo inesperado aconteceu, o Senhor veio até Abraão e disse-lhe: Toma agora o teu filho, o teu único filho, Isaque, a quem amas, e vai-te à terra de Moriá, e oferece-o ali em holocausto sobre uma das montanhas, que eu te direi” (Gênesis 22:2) Sim, Deus pediu para que Abraão sacrificasse Isaac.
Sem hesitar Abraão pega seu filho e vai até onde o Senhor lhe ordenara. Eu posso imaginar que a angustia tomou conta do coração daquele homem, estava diante da maior dificuldade que já enfrentara, prestes a matar o seu filho, prestes a matar o seu sonho, prestes a matar a sua própria promessa.
Mesmo essa situção custando a maior dor de sua vida, Abraão optou por ouvir a voz do Senhor, seguindo até o local destinado.
No caminho, Isaac sem entender nada questiona: - Papai, tudo já está preparado, mas onde está o cordeiro? Imaginem o sofrimento daquele pai ao olhar para a carinha do seu filho. Talvez tenha passado um filme na cabeça dele, lembrando do nascimento do seu garoto, dos primeiros passos, das primeiras palavras pronunciadas... Ele não podia contar que o menino seria o próprio cordeiro. Respondeu então: - Meu filho, o cordeiro Deus proverá.
Ele sabia que Deus podia livrá-lo desse fardo, mas naquele momento em que afirmou: "Deus Proverá", talvez dentro de si já não tinha mais essa certeza.
Deus não queria que Isaac fosse morto, estava apensa testando a fé de seu servo, tanto que deu três dias ( que foi o tempo da viagem) para ele desistir, voltar a traz. Mas Abraão seguiu em frente.
Para essa cena Deus proveu o cordeiro, Isaac não precisou ser entregue em sacrifício.
Muitos anos mais tarde, essa historia se repetiu, com novos personagens, porém dessa vez não teve cordeiro substituto, alguém teve que ser sacrificado para que eu e você existíssemos.
Eu imagino Deus sofrendo a mesma angústia de Abraão, vendo seu filho, seu único filho prestes a ser sacrificado sem culpa, sem pecado. Mas Ele tinha que fazer isso, não podia voltar a traz, se assim fosse, toda a sua criação pereceria.
Sem reclamar o Isaac da vez, se entregou. Sofreu a dor das chibatadas ferindo seu corpo, suportou os espinhos em sua fronte, bebeu vinagre quando sentiu sede, ouviu os insultos, blasfêmias e ironias por parte dos espectadores da crucificação.
Era nessa situação que se encontrava aquele que havia acalmado a tempestade, aquele que curou enfermos, que deu vida a mortos. É ali que estava o Rei dos reis, o Senhor dos senhores, o pai da eternidade, o príncipe da paz, o alfa e o Omega, o principio e o fim, o Emanuel.
E assim: ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades;o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele” Is 53:5
É claro que ele tinha poder para renunciar tal sofrimento, mas por amor escolheu pagar por pecados que não eram seus. Ele não morreu para se tornar um mártir,um herói, ou um santo de altares religiosos. Ele morreu para nos dar a salvação.
Aquela cruz não era dele, era minha, era sua, era a cruz de Barrabás!
Que nessa semana de pascoa, possamos lembrar dessa prova de amor, e sermos gratos ao nosso Jesus, por tamanho sacrifício.
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